A start-up vencedora do concurso Blue Hack, que decorreu na cidade do Mindelo em finais de novembro, a Blue Tech Ocean Vision, é uma ideia de negócio que pretende trazer para o mercado nacional como produto principal um simulador subaquático, com fins educacionais, mas também de promoção do ambiente e do turismo.
Em segundo e terceiro lugar respetivamente, ficaram as start ups Biomacro e a Blue Code, uma plataforma ‘go live’.
Com foco na Economia Azul e soluções baseadas na Natureza, o Blue Hack é um concurso de inovação cujo propósito é desenvolver soluções sustentáveis de base local, ligadas aos recursos marinhos.
O que se pretende, segundo o PNUD, é que nas ilhas com forte potencial dos domínios selecionados, seja criado um ambiente propício à ideação e criatividade com as comunidades locais.
O objetivo é assim ajudar os pequenos operadores, empreendedores, start-ups, inovadores e ONGs a desenvolverem soluções locais sustentáveis em torno dos setores da Economia Azul.
A ideia é ainda envolver instituições, organizações e indivíduos “relevantes” no processo para ajudar a superar os desafios de capacitação técnica, inclusão financeira, e inclusão digital, promovendo ideias, co-criação, prototipagem e testes.
O objetivo principal da Blue Hack
Vinte participantes divididos em 5 grupos, um deles online, trabalharam durante três dias em propostas de soluções inovadoras que contribuam para o crescimento económico e a inclusão social, ao mesmo tempo que assegurem a proteção do ambiente, a sustentabilidade dos oceanos, e ainda das zonas costeiras.
O grupo vencedor, à semelhança do que aconteceu nas outras ilhas, receberá um computador portátil para ajudar a impulsionar a implementação da empresa no mercado e, para tal, contarão ainda com o apoio da FAO no período de incubação e no ‘go to market’ para estas jovens empresas.
A iniciativa do PNUD, promovida pelo seu Accelerator Lab, envolve setores como o turismo, pescas, gestão de resíduos, e conservação de biodiversidade, e conta ainda com o apoio da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – e da Escola do Mar do Mindelo, EMAR.
O projeto deverá visitar mais ilhas do arquipélago no próximo ano.